sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Informação sem implantes


O jornal Suíço Blick teve uma brilhante ideia para combater a crise (que pelos vistos também há por cá, ou então entrou na moda e todos os países a querem… cábulas…), apesar de ser um dos jornais de maior circulação por cá, andava com vendas insatisfatórias… pudera num país praticamente sem crime, sem escândalos políticos e sem engarrafamentos para o Algarve não há assim muito que contar (olha acabei de descobrir a razão da crise … hé,hé,hé…) vai daí decide aumentar a tiragem com a velhinha estratégia das miúdas giras sem roupinha!
A ideia revelou-se um mega sucesso e o Blick todo o santo dia apresenta uma senhora na capa com os talentos de fora! Até aqui nada de novo… bom acontece que as ditas senhoras são voluntárias, recebem apenas uns trocadinhos (tipo gorjeta para o chocolate quente) e são normalíssimas donas de casa, estudantes ou empregadas dos dois supermercados que existem (sim, só existem 2 mas isso fica para outro dia…).
No passado dia 11 o jornal premiou a mais popular… vejam isto: 38 aninhos, casada com um filhote e cabeleireira de profissão! Ganhou um carrão desportivo (um Mazda MX-5 descapotável) e uma viagem pela Europa… sem falar no orgulho do marido!
Agora se me permitem o desabafo… para quem como eu não sabe ler alemão e nos jornais só passeia os olhos pelas imagens, estou com sérias dificuldades em perceber a razão de um país tão sem preconceitos não colocar uns talentos masculinos na capa… assim de vez em quando… só para manter o pessoal informado… hé,hé,hé!




E agora uma coisinha totalmente diferente: a neve já está a chegar!!!! yupiiiiii

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Introdução ao Alemão


As minhas lições de Alemão são uma fonte inesgotável de alegria cá em casa… não para mim mas para o João. Eu explico: estou com o João num curso intensivo de introdução ao Alemão (e não Alemão… i-n-t-r-o-d-u-ç-ã-o… pois obviamente não sabemos o suficiente para aprender a língua e temos que começar por introduzir…), a turma é pequena com nativos de todas as línguas ( Sérvio, Russo, Sueco, Inglês, Espanhol, Hindu e Português) e ninguém que fale minimamente Alemão… com excepção da professora que é só o que fala! Nas primeiras lições aprendemos que não adianta esbugalhar os olhos para perceber melhor (não resulta), repetir tudo o que a professora diz não nos faz melhorar o sotaque e o dicionário é mais difícil de consultar do que nos lembrávamos! Umas aulas depois as coisas já não são bem assim… apesar do meu esbugalhar de olhos continuar estou sentada ao lado do João que repete montes de vezes “hã hã!!!!!”, o que nos leva ao divertimento e alegria cá de casa: O menino percebe tudinho e nunca, nunca mais se esquece, para se divertir (ou para “me dar uma ajudinha” como ele insiste em dizer) passa o resto da semana a fazer-me perguntas do género: “Lembras-te como se diz onde, quando e como?”, ou melhor ainda “Guten tag,Wie geht’s? Ich haben ein fragen, lernst du die Zahlen?”, que é como quem diz toca a dizer os números de 0 a 100 e depressinha!!!
Infelizmente a única coisa que consigo dizer com um sotaque perceptível e sem erros é a frase “Não sou um homem sou uma mulher”, e então esta é sempre a minha resposta! Queres saber como se diz 28? Não sou um homem, toma! Queres saber como se diz 77? Sou uma mulher, pimba! Resta-me apenas meter a minha frase de forma inteligente numa qualquer conversa de rua e irei fazer um brilharete!!! “Ich bin keine man, ich bin eine frau!” tenho dito.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vai um chapéu?


Pode parecer fútil, mas ultimamente aquilo que mais tempo me absorve é a tentativa de compreender o meu cabelo. Tenho longos anos de prática nesta matéria, e quase sempre consegui perceber o que estava a acontecer (demasiado liso, demasiado longo, demasiado curto…), enfim anos de estudo por água abaixo. Desde que aqui estou que nada é como dantes – continuo a escrever sobre cabelos, pois sim… - primeiro decidi sozinha em casa dar um “jeitinho” nas pontas, e de tesoura na mão achei que uma franja me ficava muito bem e pumba cortei, cortei… depois cortei mais um bocadinho só para “acertar” e pronto… resultado final: uma franja curtíssima, que de tão curta espeta na vertical ( mesmo em pé).
Agora é promover o uso do gancho como acessório de moda!
Também descobri porque razão as cabeleireiras cortam o cabelo depois de molhado… ufff
Não satisfeita com o look decidi que talvez não fosse má ideia pintar o cabelo de um tom mais escuro (nas Japonesas resulta, certo?) e fui comprar tinta… bom o problema é que não sei o nome das cores em alemão e aquilo que me parecia castanho violino ou no pior dos casos ameixa, resultou num preto azulado do pior!
Agora para além de uma franja espetada tenho uma cabeleira negrinha e claro restos de cor azul na cabeça (que não sai por nada, e ando há 3 dias a tomar banho de meia em meia hora e a esfregar-me que nem uma louca).
Pelo menos garanto-vos que não passo despercebida em lado nenhum, e dou graças pela invenção do chapéu… uiiiiiiiii